terça-feira, 4 de julho de 2017

Introdução à Madhurya, a Rasa da Doçura

“Dentre todas as formas de relacionar-se com a Pessoa Suprema, Śrī Kṛṣṇa, madhura-rasa (ou mādhurya) é sem igual. Ela é a única rasa que está na intimidade, a que Ele se dá e às suas associadas, para o Amor Conjugal. 

Ela é a Luz que ilumina o mundo das gopīs e das demais Consortes do Senhor.

Não importa se estejam elas no pensar dEle acerca de Vraja ou em torno de Dvārakā e seus ambientes palacianos. Há uma grande profundidade na relação das rainhas de Kṛṣṇa com sua doçura, porque ela pertence ao universo pessoal que compõe as līlās da Absoluta Pessoa, para sempre existente. (...).

A multiplicidade das relações conjugais é expressão do infindável amor do Casal Divino, que se faz estar em inúmeras configurações. Mas, este amor é sempre o mesmo, enquanto visto a partir do ângulo de visão que somente ambos podem ter.

Deste ângulo de visão, Eles enxergam as peças que, em conjunto, formam o todo que é Rādhikā. Este todo sempre se expressa para o Senhor, que o percebe em cada uma de suas íntimas relações. 

Acontece que quem não é o todo não pode ver o que somente Rādhārānī e Śrī Hari, segundo a abrangência de sua visão, podem ver.

Sendo assim, muitas obras que descrevem os passatempos transcendentais de Rādhe Shyām os descrevem e analisam a partir de determinadas maneiras de percebê-los. O ponto de vista depende da natureza da alma que os descreveu e analisou. Portanto, ele depende do ângulo a partir do qual se olhou para o Supremo Casal e o enxergou (Shri Krishna Madhurya, 2015)”.

O recurso aqui disponível e, portanto, o ponto de vista aqui defendido, se baseia nas considerações de Shri Krishna Madhurya Swamini, as quais formam o alicerce do livro Madhurya, a Rasa da Doçura.


Esta obra se divide em duas seções principais, as quais enfocam: a) as gopis e as esposas de Shri Krishna; e b) Outras lilas amorosas. Neste segundo item são descritos certos detalhamentos a respeito das relações amorosas conjugais de Andal, Mirabai e da própria autora do mesmo livro (e desta página) com Madhava. 

Através de relações como estas, o Senhor “instaura Seu amor confidencial e a intimidade com que se relaciona na doçura que há dentro dEle. Esta doçura é necessária para que o mundo dos homens e das mulheres não colapse. Ela propaga amor incondicional por Deus e a devoção ilimitada que as consortes personificam.

Na ausência de madhura-rasa, não há exposição deste jeito de ser do Senhor Supremo, o qual derrete os corações de quem com Ele compartilha de momentos em tal bhāva. Sendo assim, a presença das līlās amorosas de Śrī Kṛṣṇa, em sua adolescência e na fase adulta, libera o potencial de prazer.

Através dEla, a Pessoa Absoluta expressa o que é mais íntimo dentro do prazer de amar-se de uma maneira tão profunda quanto Mahā Mahā-bhāva manifesta (o humor que está no ápice do amor conjugal com Deus). 

Ademais, as outras conformações, que se propagam desde a essência que há em Rādhe Shyām, colorem o mundo de Mādhava do prazer dEle doar desfrute para si mesmo.


Por consequência, Ele doa prazer aos seus associados, enquanto Aquele que controla a criação/sustentação/destruição dos universos, de maneira tão singela e doce (Shri Krishna Madhurya, 2015)”. 

Tal conteúdo é explorado detalhadamente no livro mencionado e, de maneira mais sucinta, nesta página. Para compreendê-la, sugere-se a leitura de todos os tópicos, na sequência apresentada no índice das publicações.


Referência
Shri Krishna Madhurya. Madhurya, a Rasa da Doçura. Rio de Janeiro: Shri Krishna Madhurya Trust, 2015. [Disponível para aquisição, no formato de e-book, em português e em inglês . A versão em inglês também pode ser obtida impressa através da Editora Sétimo Raio.]




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Apresentação Geral

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